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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Big ASAE is watching you...


Desde que começou a grande purga da ASAE que este organismo me começou a irritar. Percebo a necessidade de garantir um respeito pela legalidade no que toca à venda de roupa de "marca" nas feiras, até acho positivo que os restaurantes deixem de ter a liberdade total para vigarizarem e envenenarem os seus clientes, contudo tudo tem os seus limites.


Mas a irritação por este organismo moralista, que têm como missão suprema garantir que nem mais um peixe congelado duas vezes chegue aos pratos do portugueses, começa a transformar-se em medo.

De repente a ASAE ganhou um poder tal que começa a revistar os CD's e as roupas dos condutores em operações STOP, à procura de violações dos direitos de autor. As festas populares passaram a ter que ter um chão asséptico e os donos das tascas deixaram de poder produzir ginginha em casa.

A pergunta que me surge é: qual é o limite? Até que ponto a segurança alimentar e económica pode ir contra a liberdade de cada a não ser revistado? Até que ponto pode ir contra as tradições e a cultura de um povo?

Há um limite entre o que é higiene e o que é mera paranóia. Uma bifana grelhada sobre carvão numa lata de gasóleo cortada ao meio não será a coisa mais saudável do mundo, mas não é uma ofensa à segurança alimentar.

A ASAE tem vindo lentamente a tranformar-se num Big Brother, que olha constantemente sobre os hábitos económicos a alimentares dos portugueses. Já ultrapassou a fase de ser ridiculo, começou a ser perigoso...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Minoria!?


Uma das mais famosas causa hoje em dia é a causa gay, ou como gostam de dizer, a luta pela igualdade.


Em nome de um suposta mimoria perseguida temos aturado discursos, cartazes, tempos de antena, paradas e mais uma par de botas. Sempre que alguém ameaça beliscar a imagem dos homossexuais, lá vêm as acusações de homofóbico, retrógado e facista (tudo é uma boa razão para a esquerda gritar facista)

No meio de tudo isto, houve uma marca de cervejas que há pouco tempo se atreveu a brincar com esta "causa" e começou uma campanha pelo Orgulho Hetero. Passado uma semana de eu ter visto o primeiro cartaz, a campanha foi retirado sendo substituida por uns cartazes a falar de "verdade" e da "liberdade de ser como se quer".

Podemos dizer muitas coisas: que a campanha era fraca, que os heterosexuais não precisam de dizer que o são, que não faz sentido uma campanha destas. O facto permanece: não se pode fazer uma campanha apelando aos heterosexuais em Portugal!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Prostituição


Ontem o DN trazia um artigo sobre a possível legalização da prostituição.


A mim, mais do que os argumentos, impressionou-me ver como se fala da prostituição como  meio de vida normal.

Convenhamos, até acredito que existam mulheres que vivam da prostituição porque o escolheram livremente. Mas suponho que se possam dar ao luxo de seleccionar clientes e de viverem com alguma liberdade. Mas estes casos, caso existam, deverão ser raríssimos.

A quase totalidade das mulheres que se prostituem não o fazem por gosto, mas porque, esmagada pelas circunstância e necessitadas de dinheiro, acabam por optar por uma saída aparentemente fácil, mas que as introduz num mundo sórdido.

A preocupação daqueles que defendem a legalização da prostituição prende-se com a saúde pública e com a segurança. Mas este modo de olhar é ideológico, porque olha para a prostituição como algo de inevitável, como algo contra a qual não se pode lutar.

Percebo que seja difícil erradicar a prostituição, mas isto não quer dizer que então se legaliza. O mal não se legaliza, combate-se. Neste caso, combate-se na ajuda concreta às mulheres que são empurradas para o mundo da prostituição.

Legalizar a prostituição é mais uma vez dizer (como já se fez com a lei do aborto): o Estado não te ajuda a resolver o teu problema, não se preocupa com o teu problema, mas legaliza-o para que o possas fazer mais facilmente.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Revolução de Outubro


Hoje vi na televisão o Secretário-Geral do Partido Comunista a festejar a Revolução de Outubro. Segundo Jerónimo de Sousa os operários "tocaram o céu".


Percebe-se que uma pessoa seja Comunista. Está um pouco desactualizada, deixa-se levar pela imagem romatizada de Che, esquece o Estaline, pensa nos médicos Cubanos, canta o Grândola e pronto. Claro que isto não é própriamente um comunista, mas já dá direito a ser militante do PC.

O que eu não percebo é que alguém olhe para a Revolução de Outubro e para todas as barbaridade que lhe sucederam e ainda a festeje. Não percebo como é que se pode apoiar as perseguições políticas e religiosas, os roubos, as deportações e as chacinas que se seguiram à tomada do poder pelos bolcheviques. Não percebo como se pode admirar Lenine e Estaline.

Festejar a Revolução de Outubro é um atentado à memória dos milhões (e é mesmo milhões que eu quis dizer, não é um exagero) de mortos pelo regime que essa revolução instaurou e que só viria a cair 80 anos mais tarde. Festejar a Revolução de Outubro; é festejar o assassínio bárbaro da família imperial; é festejar a perseguição cerrada aos "burgueses", aos "capitalistas", aos religioso; é festejar a ocupação do leste da europa, é festejar a China de Mao, a Albânia de Hoxha, o Camboja de Pot e a Cuba de Castro;  é festejar a miséria de um povo que gerou a miséria de muitos outros.

Para se ser do PC só é preciso ser-se ideológico. Para se ser verdadeiramente comunista é preciso ser-se cruel.

domingo, 24 de junho de 2007

Feira Erótica.


Em economia há uma paradoxo, de resto bastante aplicável ao resto da vida, chamado paradoxo do valor. Segundo esse pardoxo, um bem terá mais valor quando mais raro for.


Nos últimos dias tem aparecido em todos os jornais e telejornais peças sobre uma Feira Erótica que se realizou em Lisboa. Hoje a SIC dedicou alguns minutos do telejornal a explicar os detalhes da feira. 

A conclusão que habitualmente se tira desta coisas é de que o sexo hoje em dia é mais valorizado do que quando a virgindade e a pureza eram consideradas virtudes. Contudo isso é claramente mentira. Hoje em dia o sexo é algo tão banal que não tem valor nenhum. É uma mera satisfação de um instinto, tal como comer ou ir a casa de banho.

Quando qualquer jovem católico afirma que prefere esperar pelo casamento, ouve habitualmente como resposta "Tu não sabes é o que é bom". Mas é ao contrário, exactamente por sabermos o que é bom que preferimos esperar, para que seja realmente uma coisa grande e importante e não mais um acto de rotina, como lavar os dentes ou tomar o pequeno almoço. Nós queremos que o sexo seja uma experiência fantástica, sinal de amor e de união, não uma mera satisfação hormonal.

Nós recusamos-nos a ser animais que agimos sem controle, só procurando uma satisfação imediata. Recusamos-nos a tratar o corpo como mero objecto (o nosso e o dos outros). Por isso os católicos tentam viver em virgindade e pureza. Não por desprezo pelo corpo e pelo sexo, mas exactamente pela importância que o corpo e o sexo têm na nossa vida.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Democracia?


A ditadura é a anulação do Eu pelo poder. Desde os tempos do "pão e circo" romano até ao estalinismo, a grande preocupação dos ditadores foi substituir o Eu por um simbolo: o Imperador, o Rei absoluto, a Convenção, o Estado, o Partido... Tudo nomes que os ditadores inventaram para anular o Eu.


Mas no nosso tempo inventou-se uma nova ditadura. Nesta ditadura o Eu foi substituido pela maioria e convive saudavelmente com a Democracia. A Democracia, para o ser realmente, tem que respeitar os direitos fundamentais de cada um: o direito à vida, à liberdade religiosa, à liberdade de educção. Estes são direito inatos ao Homem que nem uma maioria pode retirar.

Neste último ano a Assembleia da República aprovou por duas vezes leis que violam claramente o direito à vida: primeiro a lei da PMA e agora a lei do aborto. Em ambos os casos foi a maioria que decidiu, por isso foi respeitado o processo democrático.

Nestes últimos dois anos o governo tentou impor aulas de educação sexual obrigatórias, indiferentemente de os pais quererem ou não que os filhos de 8 anos conheçam o aparelho reprodutor ou que aos 11 anos achem que existem famílias homosexuais. O governo negou assim aos pais o direito de educarem os seus filhos como acham melhor, guardando para si esse direito. Mas respeitando o processo democrático.

Também neste últimos dois anos o governo mandou retirar os crucifixos de todas as escolas públicas, negando assim à comunidade o direito de conservar a sua cultura de matriz cristã. Tambem esta decisão foi tomada respeitando o processo democrático.

A Democracia, se não for acompanhado pelo respeito dos direitos de cada homem, pode tornar-se apenas numa outra forma de Ditadura.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Os filhos de Witiza


Há uns quantos séculos, nesta península à beira-mar plantada, havia um rei chamado Witiza. Quando este morreu sucedeu-lhe Roderico que não era seu filho, pois a monarquia visigoda era electiva e não hereditária.


Quem não achou graça nenhuma a eleição de Roderico foram os filhos de Witiza. Então estalou a guerra civil. Como a guerra não lhes estava a correr muito bem, os filhos de Witiza decidiram pedir ajuda aos mouros, que não se fizeram rogados e entraram pela Penísula a dentro só parando nas Astúrias. Os mouros permaneceram por cá 700 anos, dos filhos de Witiza ficou uma vaga recordação...

Esta história, que é maçadoramente contada em "Eurico o Presbítero" é um bom exemplo para a Europa moderna. A esquerda moderna parece-se aliar cada vez mais ao islão para combater a herança cristã ocidental. Cada vez mais os herdeiros da revolução francesa se juntam aos terroristas islâmicos para culpar o Ocidente Cristão do terrorismo. 

A Turquia, um país onde no príncipio do Século XX existia um comunidade cristã que representava 25% da população, dos quais sobram menos de 5% depois do exterminio dos arménios, é olhada como parceira ideal para demonstrar que UE não é um "clube cristão". E assim, de pequeno passo em pequeno passo a Europa vai-se descristianizando, ao mesmo tempo que envelhece.

Quando a Europa estiver finalmente descristianizada, quando o Papa se tiver mudado para as Filipinas ou para o Brazil, quando Portugal se erguer como o novo reino das Astúrias, onde a promessa da Senhora de Fátima prevalece sobre os cálculos do mundo, então não será o fim da Igreja, pois a Igreja tem promessas de vida eterna. Mas será seguramente o fim da Europa. Dos herdeiros da revolução francesa sobrará o que sobrou dos filhos de Witiza: uma vaga recordação...