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quinta-feira, 24 de maio de 2007

Democracia?


A ditadura é a anulação do Eu pelo poder. Desde os tempos do "pão e circo" romano até ao estalinismo, a grande preocupação dos ditadores foi substituir o Eu por um simbolo: o Imperador, o Rei absoluto, a Convenção, o Estado, o Partido... Tudo nomes que os ditadores inventaram para anular o Eu.


Mas no nosso tempo inventou-se uma nova ditadura. Nesta ditadura o Eu foi substituido pela maioria e convive saudavelmente com a Democracia. A Democracia, para o ser realmente, tem que respeitar os direitos fundamentais de cada um: o direito à vida, à liberdade religiosa, à liberdade de educção. Estes são direito inatos ao Homem que nem uma maioria pode retirar.

Neste último ano a Assembleia da República aprovou por duas vezes leis que violam claramente o direito à vida: primeiro a lei da PMA e agora a lei do aborto. Em ambos os casos foi a maioria que decidiu, por isso foi respeitado o processo democrático.

Nestes últimos dois anos o governo tentou impor aulas de educação sexual obrigatórias, indiferentemente de os pais quererem ou não que os filhos de 8 anos conheçam o aparelho reprodutor ou que aos 11 anos achem que existem famílias homosexuais. O governo negou assim aos pais o direito de educarem os seus filhos como acham melhor, guardando para si esse direito. Mas respeitando o processo democrático.

Também neste últimos dois anos o governo mandou retirar os crucifixos de todas as escolas públicas, negando assim à comunidade o direito de conservar a sua cultura de matriz cristã. Tambem esta decisão foi tomada respeitando o processo democrático.

A Democracia, se não for acompanhado pelo respeito dos direitos de cada homem, pode tornar-se apenas numa outra forma de Ditadura.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Os filhos de Witiza


Há uns quantos séculos, nesta península à beira-mar plantada, havia um rei chamado Witiza. Quando este morreu sucedeu-lhe Roderico que não era seu filho, pois a monarquia visigoda era electiva e não hereditária.


Quem não achou graça nenhuma a eleição de Roderico foram os filhos de Witiza. Então estalou a guerra civil. Como a guerra não lhes estava a correr muito bem, os filhos de Witiza decidiram pedir ajuda aos mouros, que não se fizeram rogados e entraram pela Penísula a dentro só parando nas Astúrias. Os mouros permaneceram por cá 700 anos, dos filhos de Witiza ficou uma vaga recordação...

Esta história, que é maçadoramente contada em "Eurico o Presbítero" é um bom exemplo para a Europa moderna. A esquerda moderna parece-se aliar cada vez mais ao islão para combater a herança cristã ocidental. Cada vez mais os herdeiros da revolução francesa se juntam aos terroristas islâmicos para culpar o Ocidente Cristão do terrorismo. 

A Turquia, um país onde no príncipio do Século XX existia um comunidade cristã que representava 25% da população, dos quais sobram menos de 5% depois do exterminio dos arménios, é olhada como parceira ideal para demonstrar que UE não é um "clube cristão". E assim, de pequeno passo em pequeno passo a Europa vai-se descristianizando, ao mesmo tempo que envelhece.

Quando a Europa estiver finalmente descristianizada, quando o Papa se tiver mudado para as Filipinas ou para o Brazil, quando Portugal se erguer como o novo reino das Astúrias, onde a promessa da Senhora de Fátima prevalece sobre os cálculos do mundo, então não será o fim da Igreja, pois a Igreja tem promessas de vida eterna. Mas será seguramente o fim da Europa. Dos herdeiros da revolução francesa sobrará o que sobrou dos filhos de Witiza: uma vaga recordação...