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quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Prostituição


Ontem o DN trazia um artigo sobre a possível legalização da prostituição.


A mim, mais do que os argumentos, impressionou-me ver como se fala da prostituição como  meio de vida normal.

Convenhamos, até acredito que existam mulheres que vivam da prostituição porque o escolheram livremente. Mas suponho que se possam dar ao luxo de seleccionar clientes e de viverem com alguma liberdade. Mas estes casos, caso existam, deverão ser raríssimos.

A quase totalidade das mulheres que se prostituem não o fazem por gosto, mas porque, esmagada pelas circunstância e necessitadas de dinheiro, acabam por optar por uma saída aparentemente fácil, mas que as introduz num mundo sórdido.

A preocupação daqueles que defendem a legalização da prostituição prende-se com a saúde pública e com a segurança. Mas este modo de olhar é ideológico, porque olha para a prostituição como algo de inevitável, como algo contra a qual não se pode lutar.

Percebo que seja difícil erradicar a prostituição, mas isto não quer dizer que então se legaliza. O mal não se legaliza, combate-se. Neste caso, combate-se na ajuda concreta às mulheres que são empurradas para o mundo da prostituição.

Legalizar a prostituição é mais uma vez dizer (como já se fez com a lei do aborto): o Estado não te ajuda a resolver o teu problema, não se preocupa com o teu problema, mas legaliza-o para que o possas fazer mais facilmente.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Revolução de Outubro


Hoje vi na televisão o Secretário-Geral do Partido Comunista a festejar a Revolução de Outubro. Segundo Jerónimo de Sousa os operários "tocaram o céu".


Percebe-se que uma pessoa seja Comunista. Está um pouco desactualizada, deixa-se levar pela imagem romatizada de Che, esquece o Estaline, pensa nos médicos Cubanos, canta o Grândola e pronto. Claro que isto não é própriamente um comunista, mas já dá direito a ser militante do PC.

O que eu não percebo é que alguém olhe para a Revolução de Outubro e para todas as barbaridade que lhe sucederam e ainda a festeje. Não percebo como é que se pode apoiar as perseguições políticas e religiosas, os roubos, as deportações e as chacinas que se seguiram à tomada do poder pelos bolcheviques. Não percebo como se pode admirar Lenine e Estaline.

Festejar a Revolução de Outubro é um atentado à memória dos milhões (e é mesmo milhões que eu quis dizer, não é um exagero) de mortos pelo regime que essa revolução instaurou e que só viria a cair 80 anos mais tarde. Festejar a Revolução de Outubro; é festejar o assassínio bárbaro da família imperial; é festejar a perseguição cerrada aos "burgueses", aos "capitalistas", aos religioso; é festejar a ocupação do leste da europa, é festejar a China de Mao, a Albânia de Hoxha, o Camboja de Pot e a Cuba de Castro;  é festejar a miséria de um povo que gerou a miséria de muitos outros.

Para se ser do PC só é preciso ser-se ideológico. Para se ser verdadeiramente comunista é preciso ser-se cruel.