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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Presa por dar casa, presa por não dar!


Na semana em que se fala de uma potencial candidatura do Dr. Pedro Santana Lopes à Câmara Municipal de Lisboa veio a público umanotícia de que uma vereadora sua terá atribuído habitações sociais a quem não tinha direito a elas.


Ontem a SIC explicava como até a mulher de Durão Barroso estava envolvida neste caso de alta corrupção. E parece que é mesmo verdade: Margarida Sousa Uva teve o desplante de usar o seu papel de mulher do primeiro-ministro para pedir a Helena Lopes da Costa se arranjava uma casa para uma senhora com três filhos doentes, que vivia numa cave que inundava facilmente.

Mas este caso não é único, muitas outras casas foram atribuídas pela Câmara a pessoas que não necessitavam. Por exemplo, foram arrendadas a dois motoristas da Câmara (que o Público prefere dizer que eram do Dr. Santana Lopes) que moravam longe de Lisboa e todos os dias saíam tarde do trabalhas casas do património disperso da Câmara.

Portanto, todo este caso se resume a isto: uma vereadora, usando o poder discricionário que a lei lhe atribui para arrendar o património disperso da Câmara a quem ela acha que mais necessita, teve a ousadia de exercer os seus poderes e dar casas a quem delas precisava.

São de factos tempos perigosos para quem desafia o PS.

domingo, 14 de setembro de 2008

Vida de cão.


Cada vez que aparece em qualquer jornal uma noticia sobre uma corrida de toiros é garantido que de seguida haverá uma chorrilho de vozes indignadas. Então se for num jornal on-line, com direito a comentários, é uma festa. Todos dizem que deviam era trocar o toiro com quem o lida e que os aficionados deviam ser presos ou até mesmo torturados e mortos no fim, para aprenderem a não tocar nos pobres animais.


Ser-se contra os toiros faz parte do civismo moderno. Esse mesmo civismo que baniu o fumo dos cafés e que se escandaliza diante dos sacrifícios em Fátima.

Hoje em dia uma pessoa para ser civilizada tem que, por um lado, ser a favor do aborto (são só células), a favor da eutanásia (por uma morte digna), a favor da liberalização das drogas leves (um charro ajuda a fugir dos problemas), a favor do sexo sem restrições (experimenta a tua sexualidade), a favor do casamento das pessoas do mesmo sexo (as pessoas têm o direito a ser felizes).

Por outro lado têm que ser contra a caça, contra os toiros de morte , contra as corridas de toiros em geral, contra os casacos de pele, contra o abate de espécies em vias de extinção que ameaçam a subsistência das populações (como por exemplo os javalis que arrasam campos cultivados), etc.

O homem hoje é suposto ser apenas um par dos animais. A minha geração, que já não acredita em Deus a não ser no criado a sua imagem e semelhança, já não vê o homem como senhor da criação, mas como uma espécie que se desenvolveu mais em certos aspectos. Por isso indigna-se com a morte de um toiro do mesmo modo efusivo com que se manifesta pela possibilidade de matar uma criança na barriga da mãe.

Ou seja, no nosso mundo, o homem foi reduzido a um mero animal enquanto o animal foi elevado ao estatuto de humano. Por este andar, daqui a uns anos compensará ter uma vida e cão...