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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Legalização da Prostituição: Um Ataque aos Direitos das Mulheres.


Nos últimos tempos sempre que aparece uma notícia sobre prostituição é sempre ouvida a opinião dos grupos que defendem a legalização desta actividade. Os argumentos são quase sempre os mesmos: a liberdade da mulher fazer o que entende com o seu corpo, a dignificação das prostitutas, a segurança das mesmas.

Devo dizer que sempre que oiço alguém defender a prostituição fico logo irritado. Porque, por muita voltas que se dê a prostituição é sempre sexo forçado. Para ser livre é preciso que a vontade de praticar sexo fosse formada de maneira esclarecida e sem qualquer condicionante. Ora na prostituição há sempre uma relação de poder. “Se tu me deres o teu corpo eu dou-te dinheiro”. Mesmo as chamadas acompanhantes de luxo, que estão muitas vezes longe de ser vítimas indefesas, são coagidas a fazerem sexo com os seus clientes. Se assim não fosse, não cobravam dinheiro para o fazer.
Impressiona-me que os mesmos grupos que lutam contra o assédio sexual no trabalho sejam a favor da legalização da prostituição. Pelos vistos um patrão não pode exigir sexo a uma empregada para lhe dar trabalho, mas se lhe pagar directamente já não é um problema!
O que cada um faz com o seu corpo, dentro dos limites do Direito, não diz respeito ao Estado. Agora dizer que vender o corpo por dinheiro é um trabalho igual a todos os outros é uma mentira e um ataque aos direitos das mulheres. Queres estudar? Queres alimentar os teus filhos? Queres ter coisas boas? É fácil, vende a tua intimidade e podes ter tudo isso!
A prostituição nada tem de digno. Em maior ou menos grau é sempre a exploração da mulher por um homem que tem dinheiro para lhe pagar. Que isso aconteça com a bênção do Estado é indigno de uma sociedade onde o Homem e a Mulher são iguais em direitos.
A maneira de dignificar as prostitutas é criar condições para que elas não tenham que se vender para viver. Se, mesmo tendo condições para não o fazerem, preferirem continuar a ter sexo a troco de dinheiro, é uma decisão de cada pessoa. Mas não é uma decisão digna e nenhum diploma legal a dignificará.
Não é por acaso que a condenação social da prostituição foi crescendo juntamente com os direitos das mulheres. Reconhecer que a Mulher tem os mesmos direitos que o Homem passa por reconhecer que o seu corpo não pode ser vendido e comprado como um objecto. O resto é maquilhagem progressista para esconder um discurso tão velho e bafiento como a própria prostituição.

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